segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Ascenção profissional
- Parabéns, Mário.
- Por que? - pergunta espantado o rapaz.
- Como você sabe, o Sêo Paulo, que cuidava dos negócios internacionais da nossa empresa há 10 anos, foi promovido e a partir de hoje você está sendo transferido para o lugar dele.
Feliz e emocionado, Mário responde:
- Muito obrigado pela oportunidade, chefe. Prometo não desapontá-lo.
- Eu sei disso, porém, suas responsabilidades serão muito maiores a partir de agora; saiba que você saiu de um lugar com pouca expressão na empresa para fazer parte de um setor que não para de crescer. Você será muito cobrado. Aqui, nós temos prazos a cumprir e objetivos a serem alcançados.
- Sem problemas. Gosto de um desafio e farei de tudo para alcançar os objetivos. E qual cargo eu ocupo agora?
- Você continuará com o mesmo cargo. Não haverá nenhuma alteração nesse sentido.
O rapaz acena com a cabeça e pergunta:
- Tire-me uma dúvida: no outro departamento, quando eu cuidava do setor regional, eu fazia muitas viagens e, consequentemente, ganhava muitas horas extras, sem contar as verbas que sempre sobravam e ajudavam muito no final do mês. O que vai mudar a partir de agora?
O chefe responde imediatamente:
- Agora sua função é muito mais importante, exige que você fique no escritório resolvendo muitas questões burocráticas, cuidando do relacionamento com os clientes por email e telefone. As viagens, assim como o seu antigo departamento, fazem parte do seu passado agora. Assim você terá mais tempo para ficar com sua família. Uma coisa que não vai mudar é que você continuará trabalhando nos finais de semana, pois o domingo aqui não é domingo em outros países.
O chefe riu da sua piada.
- Isso realmente é muito bom, chefe. Nem sempre é bom passar tanto tempo fora de casa longe da mulher e dos filhos. E quanto aos fins de semana, não tenho problema em continuar trabalhando aos sábados e domingos. Só o fato de poder dormir toda noite em casa já é muito bom. Mas, desculpe-me se estou adiantando o próximo assunto, mas, só pra saber, nessa nova função quanto o meu salário será reajustado?
- Como assim? - perguntou o chefe mostrando certo desapontamento - Acho que houve um mal entendido. Na verdade o que está acontecendo é uma transferência de setor, um remanejamento de funcionários. Com a saída do Felipe, precisávamos de alguém para ficar no seu lugar, e você foi o escolhido.
Mário olha para o seu chefe e pergunta, com certa irritação na voz:
- Chefe, só para eu entender: estou saindo de um lugar que desempenhava minhas funções de maneira satisfatória para a empresa para fazer um trabalho burocrático, deixar de viajar, não fazer mais horas extras e ainda por cima não ter nenhum aumento salarial? Por favor, por que mesmo estou recebendo os parabéns?
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
BANDA SIMPLES

Acabei de ouvir o primeiro CD da Banda Simples, projeto do meu amigo Tiago Moler.
Gostei bastante do som dos caras.
Todas as letras são da Lara Moler, irmã do Tiaguinho.
Provando que, na família, é ela quem tem o dom das palavras.
Tiaguinho é o baixista, mas tem ganhado muito dinheiro mesmo - por enquanto – como editor-executivo do programa Arena Sportv.
Entrem no myspace da banda.
www.myspace.com/bandasimplesoficial
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
As pessoas boas do mundo
Seja com uma palavra, um sorriso ou até mesmo com um gesto de carinho sem esperar o mesmo de volta.
Um amigo me contou recentemente que, há algumas semanas, teve que trabalhar em uma cidade próxima.
O motorista já estava a sua espera, assim como o outro colega que iria junto.
Entraram numa Topic e seguiram viagem.
Ele já estava há muitos dias sem folga, havia tido uma semana inteira de muito trabalho, muitas cobranças, poucas horas de sono e praticamente nenhuma de lazer.
Sentia-se irritadiço, mal-humorado, insatisfeito e nervoso.
Era uma tarde de quinta-feira, e teria que voltar ainda no mesmo dia, tarde da noite. Mais um motivo para estar desanimado.
Foi calado da hora em que entrou no carro até quando chegou ao local de trabalho.
Assim que desceu do carro, por volta das 17h, encontrou uma amiga que havia conhecido cerca de dois meses antes.
Ela ficou feliz em revê-lo, sorria e falava sem parar. Meu amigo, com muita boa vontade, porém sem muita paciência, tentava corresponder da melhor maneira que podia.
Num determinado momento ela parou de falar, olhou bem nos olhos dele e viu, talvez pela primeira vez, que ele não estava bem.
Pegou sua mão, e perguntou se havia algum lugar onde poderiam conversar mais reservadamente. Estavam numa calçada com várias pessoas ao redor, carros passando, vendedores ambulantes. Nenhuma privacidade.
Ele olhou ao redor, mas não havia o que fazer, não havia lugar para onde ir.
Antes que ele respondesse para ela, seu motorista, o grande Belchior, apareceu e disse que iria tomar um café na padaria e perguntou se ele não queria dar uma descansada no carro, já que haviam chegado muito cedo.
Com uma piscadinha discreta, entregou a chave da Topic e se retirou sem olhar para trás.
A moça, cheia de amor e de boas intenções no coração, pegou a chave de sua mão e seguiu até o veículo.
Os dois então entraram no carro, fez-se silêncio por um longo período. Ela estava empenhada em aliviar todo o estresse que o amigo estava sentindo.
Depois de alguns minutos, e ainda em silêncio, os dois saíram do carro.
Ele, agora mais relaxado e visivelmente emocionado, agradeceu pelo carinho; e aquele anjo bom, sorriu e afastou-se lentamente, feliz por ter ajudado mais um ser humano carente, que precisava apenas de um pouco de atenção.
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Thirty-something
Não tenho medo de envelhecer, nem de morrer. Nada disso.
Mas para mim é estranho ficar velho. Nem sempre sei como agir, ou se estou agindo da maneira certa.
Quando eu era criança, pessoas com 30 anos eram velhas. E eu não me vejo nem perto disso. E isso só aumenta minha confusão.
Não me lembro de quando deixei de ser uma criança e me tornei um adolescente; sei que sou adulto há algum tempo, mas não me lembro exatamente desde quando. E, pelo nome, sei que em breve me tornarei um quarentão. Mas será quando eu fizer 40 ou quanto eu tiver quarenta e poucos? Isso fica pra depois de 2014.
Ainda, muitas vezes, me sinto como uma criança assustada, sem saber o que fazer, e fico com vergonha de pedir ajuda, com medo de não me acharem normal.
Sei que tenho muito ainda para viver e aprender, mas é claro que sinto saudades de algumas coisas: da irresponsabilidade, dos atos impensados, das brincadeiras de infância, das constantes gargalhadas e das vezes que chorei por um amor. Mas principalmente de quando achava que já sabia tudo.
Mas a verdade é que estou vivendo o momento mais feliz da minha vida, e não trocaria por nada o dia de hoje. Tenho certeza de que, entre sucessos e fracassos, o futuro será ainda mais maravilhoso.
Quem venham mais 35!
sexta-feira, 24 de julho de 2009
FERNANDA

Hoje é aniversário da minha filha.
Fernanda completa, às 22h00, 7 anos de vida.
É pequena pela idade. Provavelmente será uma baixinha linda e mandona quando ficar mais velha. Quero estar por perto pra ver isso.
É linda como a mãe, falante como o pai.
Talvez vire uma atriz, escritora ou artista.
Tem a mente fértil, gosta de criar e leva jeito para as artes.
É a mais inteligente de casa.
Ela acabou de entrar no meu quarto com sua 'filha' Beatriz. Veio trazê-la para visitar o vovô.
Agora vou brincar com ela, aproveitar seu aniversário para me dar de presente mais um dia maravilhoso.
sexta-feira, 17 de julho de 2009
5 anos na estrada...
Viajei de carro, de van, muitos táxis, espera nos aeroportos, muitos pontos no Smiles e no Fidelidade, turbulências, motoristas particulares, balcão da Unidas, da Localiza.
Muitas vezes ia sozinho e voltava cheio de amigos novos, que sei que nunca os esquecerei.
Nas vezes que ia acompanhado, a festa começava antes mesmo de sair de casa e só terminava muito depois dos eventos, dos jantares, dos voos de volta. Só acabava a diversão nos abraços de despedida, chegando em São Paulo.
A primeira viagem para Marília, a última pra Fortaleza. Oficialmente meu último destino nessa viagem foi aqui do lado de casa: Canindé. Portuguesa x Brasiliense.
Se eu soubesse que não voltaria lá tão cedo, teria comido mais um bolinho de bacalhau com os amigos.
Conheci lugares lindos. E também lugares horríveis. Viagens rápidas - o famoso bate e volta - e finais de semana maravilhosos no nordeste brasileiro.
Nunca vou me esquecer da beleza de Floripa vista do alto; da praia do Cumbuco, em Fortaleza; do susto em Belém; do frio de Curitiba; dos hoteis maravilhosos que me hospedei; do extravio do banner, dos bares, restaurantes, passeios e o quanto sentia saudade da família mesmo quando estava perto do paraíso.
Hoje começo uma outra viagem. O destino ainda é desconhecido, porém espero fazer vários novos amigos pelo caminho e aprender tanto quanto aprendi viajando pelo Canal Campeão.
sexta-feira, 29 de maio de 2009
O Caminho de Liu
Precisou ir até a terra do sol nascente para descobrir que aqui é a terra do sol vivente e que o seu coração só estaria aquecido perto daqueles que um dia ela deixou.
E a tristeza, que há muito tempo não era sentida nas redondezas, virou companheira diária de duas pessoas separadas pelas dúvidas e incertezas de uma.
Porém, contrariando o que todos imaginavam, havia alguém que decidiu esperar, um alguém que não tinha nenhuma dúvida sobre o que era bom pra ele e para Liu.
Tentou entender o que ninguém entendia, não criticou quanto teve todos os motivos para fazê-lo.
Sofreu muito, chorou muito, mas nunca desistiu. Desafiou todos que diziam não haver mais volta. Que a história estava acabada.
Apostou todas as fichas... e ganhou.
Quase um ano se passou e finalmente as coisas começaram a voltar ao normal.
Liu voltou, e só então se deu conta de que não sorria desde o dia em que partiu.
E então voltou a sorrir; e percebeu que quando sorria, quando estava por perto, fazia muita gente sorrir também.
Hoje Liu encontrou o seu caminho, encontrou o seu destino: A Felicidade.
quinta-feira, 28 de maio de 2009
O Twitter e o prolixo...
O lado bom é que posso escrever sempre que tiver vontade, posso acessar até mesmo do meu celular, que é um lixo, para me conectar e contar um pouco do meu dia, falar sobre o que estou sentindo, fazendo e/ou pensando em determinado momento ou em todos os momentos se eu assim desejar; o que eu ainda estou tentando é me acostumar ao fato de respeitar o limite de apenas 140 caracteres por postagem , que é o permitido.
Imagine eu, um cara que fala demais (quem me conhece sabe muito bem disso), doente mental e cheio de questões, dúvidas e pensamentos retardados, ter que transformar tudo isso em apenas uma frase... Definitivamente não é fácil.
É verdade que tenho o blog. Nele posso contar minhas histórias (algumas reais, outras nem tanto), postar alguns vídeos bacanas, colocar receitas deliciosas e dicas de beleza (em breve). Posso também fazer declarações de amor, de ódio, de indignação ou apenas viajar e escrever outras bobagens.
Então o jeito é usufruir de toda a tecnologia à minha disposição, sem abrir mão dos eventuais encontros com os amigos que me permitem fazer o que faço muito, nem sempre de forma adequada: falar sem parar.
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Vinicius
quarta-feira, 6 de maio de 2009
10 MIL MILHAS PARA DE GAULLE
Venho aqui, humildemente, pedir a ajuda e a compreensão de todos vocês.
O ano inteiro trabalho arduamente, viajo por todo o Brasil, correndo atrás dos grandes eventos esportivos, dos craques da bola, das piscinas, das quadras.
Com isso, consigo acumular os famosos pontos de fidelidade de grandes empresas aéreas nacionais.
Preciso juntar, em 1 mês, 10 mil pontos no Programa Fidelidade Tam para fechar mais um trecho – o de volta - e assim passar minhas férias em Paris, no final do ano.
E por que em um mês? Porque a partir daí, as milhas que juntei por dois anos começam a vencer, e aí terei que viajar mais vezes para juntá-los novamente, deixando meus planos mais distantes.
Por isso, estou aceitando doações, convites para finais de semana em Belo Horizonte ou Curitiba; bate-volta até o Rio. Levo sua sogra de volta pra Recife se for o caso.
E como sinal de agradecimento, prometo trazer uma linda fitinha da França com os dizeres:
“J'ai été à Paris, ai rappelé de toi.”
terça-feira, 5 de maio de 2009
Bonnie Sumerville

Nascida no Brooklyn, em 24 de fevereiro de 1974.
Tem 1,73m de altura e uma carreira recheada de sucessos.
Vive atualmente em Los Angeles.
Bonnie: Foi um sonho que virou realidade. Sempre me imaginei atuando, trazendo alegria e esperança para as pessoas.
Bonnie: Cada trabalho meu é como um filho; não dá para gostar mais de um do que de outro. A diferença é que nos envolvemos muito com o personagem e, até o próximo filme ou série, ele vira quase que uma segunda pele. Um outro 'eu' vivendo dentro de mim.
Bonnie: (Risos) Trabalhar com Sam Raimi foi uma experiência única, inesquecível e enriquecedora. Aprendi muito naquela época. Tobey é uma simpatia, um talento nato. Mas infelizmente não sei mais do que você sobre o filme. Minha história já foi contada e não vejo nenhuma possibilidade de retornar ao papel que fiz em Homem-Aranha 2.
domingo, 3 de maio de 2009
Gripe Suína - Perguntas Frequentes
- Comprei o DVD 'O Melhor do Chaves”. Corro algum risco de contaminação?
- Jantei recentemente no Kabong. Devo procurar um médico?
- Assisti com alguns amigos o desenho do Ligeirinho. Posso ter sido contaminado por algum deles?
- Meu pai me deu um sombrero no Natal passado. Preciso tomar algum medicamento antes de usá-lo?
- Sou palmeirense; Posso torcer pelo Chivas na Libertadores?
- Qual a melhor forma de preparar feijões mexicanos saltadores?
quinta-feira, 23 de abril de 2009
Dica de filme
Francisco Daniel, um jornalista aposentado, juntamente com sua empregada e amante, Jucélia Santos, tentam resolver os CRIMES NO FIM DO MUNDO!
Nessa história, nada é o que parece ser e cada personagem esconde um segredo que virá a tona em breve.
Um filme surpreendente, que irá prender a sua atenção do começo ao fim!
Com Fernando Antonionny, Francielly Camargo, Judite Nunes e grande elenco.
Participação especial de Telma Zomenos. E apresentando o menino Luiz Alves Pereira Neto.
Revista Época
“Ação, suspense e aventura.”
O Estado de São Paulo
“Impressionante!”
Revista Super Interessante
Entrevista Exclusiva
Boa noite, Ministra, a pergunta que eu quero fazer é: A senhora é candidata a Presidente nas eleições de 2010?
Ministra: - Boa noite. Veja bem, o caso hoje não é exatamente sobre o processo eleitoral do ano que vem. Mas sim sobre as obras do governo do Presidente Lula e o trabalho desenvolvido por toda a nossa equipe. É um trabalho sério, que está deixando a oposição preocupada e por isso ficam inventando coisas que não existem. Acusando o Presidente e as pessoas que com ele querem melhorar o nosso país, de fazer campanha.
A verdade é que nosso governo tem trabalhado arduamente para o bem da população brasileira.
Apresentador: - Mas a senhora pensa em se candidatar para as próximas eleições?
Ministra: Bom, pensar é uma coisa, e por isso mesmo, deve ser muito bem pensado. Devemos estudar todas as possibilidades e riscos sobre todas as coisas. Por exemplo: não há nenhum sinal de descontentamento por parte dos governadores de todos os estados brasileiros quanto à maneira que o governo adotou para o envio das verbas do PAC. Por que? Simples: o presidente pensou e analisou cuidadosamente cada caso. Reuniu-se com todos os governadores e foi sincero com eles. Deixou claro que o interesse maior era o progresso do país a curto prazo.
Apresentador: A senhora está mudando de assunto. Há alguma intenção...
Ministra: De maneira alguma. Não estou mudando de assunto, digo inclusive que estou sendo bem clara nas minhas respostas e também quero deixar registrado, principalmente para a oposição, que eu não tenho e nunca tive o rabo preso com ninguém, não tenho medo de enfrentar ninguém e que não fugirei, em nenhum momento, de nenhuma pergunta.
Apresentador: Então diga, Ministra: a senhora sairá candidata em 2010?
Ministra: Veja vem, você está se repetindo. Já me perguntou isso, mas vou responder mais uma vez.
O que é ser candidato a presidente? É participar de forma consciente do processo democrático brasileiro, visando um bem maior, o bem do povo, o bem de um país, o bem de uma nação.
E é necessário reforçar a importância desse processo democrático, que como o nome mesmo já diz, pertence ao povo e a mais ninguém.
O Brasil tem vivido sua melhor fase dos últimos anos. A economia está indo muito bem; os níveis de emprego estão cada vez maiores e não se fala de inflação há muito tempo.
E o povo brasileiro precisa saber que há um governo baseado na clareza e na transparência.
Apresentador: Bom, nosso tempo está esgotado. Muito obrigado pela sua presença e boa noite.
Ministra: Eu é quem agradeço e estou à inteira disposição para prestar qualquer esclarecimento. Boa noite a todos.
terça-feira, 7 de abril de 2009
Uma noite inesquecível
Tinham muitas coisas em comum: eram jovens, bonitos, livres e ligeiramente inconsequentes.
Iam a shows juntos; gostavam de comida japonesa.
Chegaram ao bar quase que ao mesmo tempo. Escolheram uma mesa na calçada e ele se sentou entre as duas, sentia-se bem com os olhares das outras pessoas pra ele. Afinal, estava no meio de duas lindas mulheres que não ligavam pra mais ninguém a não ser ele naquele momento.
Conversaram bastante, riram bastante e beberam bastante.
Não havia nenhum clima diferente de encontros anteriores.
Como sempre acontecia, num determinado momento começaram a falar sobre sexo, ou a falta dele, que era o caso de uma das amigas.
Brincando, ele disse a ela que poderia ajudar, caso quisesse.
Todos riram, mas ele viu – ou imaginou ter visto - um olhar diferente vindo dessa amiga.
Percebeu, talvez pela primeira vez, a possibilidade de a sua noite terminar de uma forma maravilhosamente diferente pra ele.
Decidiu provocá-las e só parar quando elas dissessem 'sim' ou 'não'.
Para o seu espanto e prazer, viu suas amigas interessadas e incentivando a continuar.
Ele sabia que as duas eram heterossexuais e que nunca haviam tido nenhuma experiência com outra mulher, e talvez por causa da bebida, tomou coragem e disse que as duas numa cama deveria ser uma visão espetacular.
As duas riram, se olharam e uma respondeu:
- Sério? Quem sabe um dia?
Estava no papo. Sentiu que não havia nenhuma possibilidade de fracasso.
Perto das duas horas da madrugada, propôs pagarem a conta e partirem.
Ele as acompanhou até o carro delas outro lado da rua.
Não estava frio, mas ele propôs para que entrassem no carro para conversarem mais um pouco. Foi para o banco de trás cada vez mais excitado.
Ele as elogiava a todo momento; e elas estavam adorando.
Decidiu então dar a cartada final: propôs um beijo triplo.
Elas fingiram uma timidez; ele foi se aproximando e elas corresponderam.
E então, finalmente aconteceu.
Curtiu as duas o beijando ao mesmo tempo, um abraço triplo, a respiração forte.
Afastou-se e ficou observando as duas.
Foi uma cena mágica. Inesquecível. A fantasia de 99% dos homens estava se realizando pra ele.
Ele as convidou para terminarem a noite num lugar mais aconchegante. Foi então que uma delas respondeu:
- Não fique chateado, mas acho que dessa vez você vai ficar de fora da brincadeira. Nós somos amigos demais e não queremos confundir as coisas.
Ele sorriu, achando que se tratava de uma brincadeira e tentou beijá-las novamente. As duas se afastaram e fizeram uma cara mais séria.
Ele então perguntou, ainda incrédulo:
- Sério? Mas e vocês, não vão confundir nada?
- Claro que não, - respondeu uma delas – nós não somos lésbicas e sabemos disso. Vamos apenas fazer algo que já tínhamos em mente há muito tempo e não tínhamos coragem. Você nos convenceu. Dá um beijo porque já está tarde. Amanhã nos falamos e conto pra você todos os detalhes.
Ele saiu do carro, sem entender o que fez de errado. E seguiu andando lentamente até o seu carro.
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Gosta mesmo?
- Pai, sabia que eu adoro brócolis?
Surpreso, eu perguntei:
- Sério? Você já comeu?
- Claro que comi, papai. Lembra daquela lazanha de legumes que você fez uma vez? Tinha brócolis e eu adorei.
Prometi então que na próxima semana iria ao mercado e compraria pra gente.
Os dias passavam e de vez em quando ela voltava no assunto.
Dias depois, como prometido, fui ao mercado e já no almoço havia uma travessa cheia de frango com brócolis, um dos meus pratos favoritos.
Quando ela chegou da escola, fui preparar seu prato e perguntei:
- Fê, está com fome?
- Muita fome, papai.
- Que bom. Hoje pra comer tem o que você me pediu semana passada. Sabe o que é?
Ela fez a cara mais desanimada possível e perguntou:
- Brócolis, papai?
- Sim. Posso colocar bastante?
- Papai, eu adoro brócolis, mas hoje só vou querer o franguinho mesmo.
segunda-feira, 16 de março de 2009
A regra do jogo
Mas e quando o jogo, ainda faltando muito pra terminar, já está uma goleada para o outro lado? Sem a menor possibilidade de reação. Como agir? O que fazer?
Existe mesmo esse papo de 'lutar até o fim'?
Eu não sei, tenho dúvidas. Não sei se teria motivação suficiente pra continuar. A ilusão de que ainda dá pra reverter o resultado.
Por outro lado, entregar os pontos também é muito difícil. É simplesmente admitir que você falhou, que não foi capaz de jogar bem. É olhar para o lado, para os seus companheiros, para aqueles que acreditavam em você, que dependiam de você e tentar dizer algo sem parecer falso e nem derrotista.
Como dar esperanças para outras pessoas se você já não as tem?
Como convencê-los que não são culpados no seu mau desempenho. Qual o discurso ideal?
Bom... a bola continua em jogo. Atrás dela! Até o fim...
As vantagens de folgar às segundas-feiras
- Aproveita as promoções de verduras, frutas e legumes dos mercados;
- Pode limpar a casa e imitar o Freddie Mercury com o aspirador cantando "I Want To Break Free", inclusive com o figurino, se você quiser;
- Conserta o encanamento da cozinha sem pressa, já que a casa de material pra construção fica aberta até às 18h;
- Economiza dinheiro, pois todos os amigos estarão trabalhando e provavelmente sem pique, já que eles passaram o final de semana na balada;
- Você fica um dia a menos sem pegar trânsito;
- E é mais um dia em que passará sozinho: sem amigos, sem família, sem ninguém. Exatamente como veio ao mundo.
domingo, 15 de março de 2009
segunda-feira, 9 de março de 2009
We Care A Lot
Seja por dinheiro, saudade dos holofotes, golpe publicitário, a descoberta do amor entre os integrantes ou qualquer outro motivo. Pra mim vale tudo isso.
Além do fato de eu ser um cara nostálgico, tem também a falta de competência das bandas de hoje para criarem algo novo ou que pelo menos chamem a atenção por mais de duas semanas.
Esperei por anos a volta do Pink Floyd, do Slash com Axl Rose, dos Smiths, Van Halen, esperei e ainda espero ver Sebastian Bach cantando novamente com o Skid Row; e obviamente desejei um reencontro dos Beatles na época em que George ainda estava por aqui. Poderia até ser com outro(s) vocalista(s) em um show apenas;
Gostei da volta do Bruce Dickinson ao Iron Maiden há alguns anos, da reunião dos Sex Pistols, do Queen, Genesis, Twisted Sister, Jane's Addiction e também Stone Temple Pilots e Smashing Pumpkins recentemente entre outras.
Até Michael Jackson ter anunciado que voltaria aos palcos me deixou bastante contente.
Porém nenhuma dessas reuniões me deixou tão feliz quanto o comunicado de que Mike Bordin, Roddy Bottum, Bill Gould, Jon Hudson e Mike Patton tocariam juntos em alguns shows no meio do ano na Europa. Inclusive já estão até ensaiando.
Vi o Faith No More pela primeira vez em janeiro de 1991, no Rock In Rio II. Fui lá para assistir Guns N' Roses, como praticamente todas as pessoas que estavam no Maracanã naquele dia. Mas eu era moleque que estava conhecendo a MTV e entre Patience e Welcome to the Jungle, havia um retardado com um taco de baseball pulando, explodindo um piano e matando um peixinho em seus clipes chamado Mike Patton.
A partir desse dia virei fã, comprei LP's, aprendi todas as músicas, que na época não chegavam a 20 - sem contar os primeiros discos com o vocalista anterior -cortei o cabelo do mesmo jeito e fazia a mesma coisa que ele na introdução de Edge Of The World ao vivo.
Tenho todos os álbuns, alguns singles e um ou outro show ao vivo. Não saberia dizer qual o melhor trabalho deles.
Acordo alguns dias querendo ouvir apenas a música The Real Thing, mas basta eu colocar o CD que só o retiro depois de ouvir todas as músicas.
Noutro dia quero rir quando ele insere The Right Stuff em We Care a Lot ao vivo. E mais uma vez, o CD inteiro é tocado.
Angel Dust é a primeira grande obra dos caras e King For a Day... Fool For a Lifetime é um dos melhores álbuns lançados até hoje, na minha opinião.
Até mesmo Albun Of The Year, que foi bastante criticado, dando sinais claros de que o ciclo estava terminando, tem ótimas músicas e também o escuto com muita frequência.
Em 1995 a banda foi uma das atrações do festival Monsters Of Rock do dia 02 de setembro, no Pacaembu, juntamente com Megadeth, Alice Cooper e o grande, enorme, gigantesco e ligeiramente desafinado Ozzy Osbourne.
Foi uma noite sensacional. Hoje, ainda me lembro de vários detalhes. Tenho certeza de que me lembrarei pra sempre.
Meu amigo Noriega foi recentemente para para Chicago assistir ao show do Genesis, pois é um grande fã; Foi num dia, seguiu para o estádio, voltou para o hotel, cochilou um pouco e retornou ao Brasil.
É uma ideia sensacional que pretendo fazer o mesmo em breve.
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Os três anjos
E o tempo passava para mim e para o meu anjo.
Encontrei meu segundo anjo há 10 anos; Mais bonito e incrivelmente mais especial que o primeiro. Seu olhar trazia paz e alegria ao meu coração.
Desde cedo eu soube que ele ficaria comigo por muito tempo, mas que na verdade pertencia ao mundo. Sua missão é muito maior e ainda incompreensível para mim.
Ele tem o dom de sentir o tempo passar.
Enfim, anos depois meu terceiro anjo chegou. Lindo, doce e totalmente vulnerável.
Parecia depender tanto de mim que acabou me tornando completamente dependente dele.
Seu olhar e seu sorriso me levam a lugares indescritíveis.
Seu dom é ser capaz de fazer o tempo parar.
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
Um reencontro
No início me assustei, não estava esperando por ninguém, e na verdade, nem acreditava que isso pudesse acontecer àquela noite, ou em qualquer outra noite. Todos em casa já estavam dormindo, e eu já estava desligando a TV.
Mas, imediatamente reconheci aquele perfume, senti o cheiro da roça, das férias que passava quando criança no estado do Paraná. Soube na hora quem era: meu avô, pai da minha mãe, o Sêo Dezidério.
Fui dominado por uma grande emoção. Não chorei, não havia motivo. Por um breve momento, senti-me uma criança novamente.
Mesmo no escuro, senti seu sorriso me envolver. E sem trocarmos nenhuma palavra, eu soube que ele estava bem e muito feliz.
A visita durou pouco, muito pouco: menos de um minuto. E acho que a razão dele ter partido tão rapidamente é que ainda havia tantas pessoas que ele precisava rever e aliviar um pouco as saudades, que só podia mesmo ficar o tempo suficiente para mostrar que tudo estava bem.
Espero que ele tenha gostado do que viu, e que tenha sentido orgulho de mim, da minha família, da minha vida.
Menos de um minuto depois que ele se foi, virei-me para o lado e adormeci.
Feliz, mais uma vez.
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
O MENTIROSO
Estavam cansados há muito tempo, talvez tempo demais.
Neste relacionamento, como em muitos outros, as mentiras faziam parte do dia a dia do casal. Ele nem percebia que estava mentindo, não fazia por maldade. Falava sem a intenção de magoá-la.
Mas a verdade é que a mentira magoa sempre.
A primeira mentira foi ter dito a ela que nunca mudaria seu jeito.
Depois mentiu dizendo que, como homem, não era impossível o envolvimento dele com outra pessoa; Disse que não se arrependia dos erros cometidos e que, se pudesse, erraria novamente.
Porém, uma noite quando chegou em casa e a viu chorando, foi obrigado a mentir novamente: Disse que também não estava se sentindo feliz, e que o melhor para todos seria a separação.
A esposa, acostumada a acreditar em suas mentiras, acreditou nesta também.
Partiu na manhã seguinte.
Antes de fechar a porta, e talvez sem se dar conta, ouviu dele a maior mentira de todas:
- PODE IR, LOGO TE ESQUECEREI!
domingo, 11 de janeiro de 2009
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
Apenas números e nada mais
E se compararmos com outros grandes conflitos, ainda estamos muito longe de chamar isso de catástrofe.
Por exemplo: os ataques de 11 de Setembro mataram 3.000 pessoas em apenas um dia, fora o prejuízo de mais de US$ 1 bilhão;
Só no Brasil, por ano, 48 mil pessoas são assassinadas, a grande maioria por armas de fogo.
Como bicho homem, não quero me gabar, mas já fomos capazes de exterminar mais de 50 milhões de seres humanos nas 2 Guerras Mundiais.
Mas sempre há o lado bom, não é? Em tempos de crise, os governantes mundiais e a indústria das armas continuam gerando lucro, ganhando rios de dinheiro e aumentando o seu poder. Soldados garantem seus empregos, talvez não suas vidas, mas mesmo assim continuam longe de casa e da família lutando com afinco pelo....deixe-me pensar.... bom, essa parte eu não entendo muito, não sei bem quais são os motivos que levam um ser humano a tirar a vida de um semelhante.
Mas vale a pena. Certo?
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
1987
1987 foi um ano tumultuado para mim: as companhias, as drogas, a fase rebelde dos 13 anos de idade. Nos estudos eu ia de mal a pior. Foi a primeira sétima série 'braba'. O ano que viciei em cabular aula.
Foi nessa época que conheci meu irmão gêmeo. Era meados de maio, alguns dias depois da morte da minha avó. A primeira pessoa próxima que eu perdia.
Ele se chamava Alexandre, eu acho. Nós éramos fisicamente idênticos, e tínhamos muitas coisas em comum. Talvez nos sentíssemos mais adultos que os demais meninos da turma. Mas ele era diferente, mais intenso, mais “vivido”.
Já com aquela idade ele curtia a solidão de uma forma adulta, que talvez eu só tenha uma compreensão melhor agora.
Sofria de ataques repentinos de fúria. Presenciei umas duas ou três vezes ele brincando com os amigos e, de repente, do nada, ele caía no chão, se debatia, rolava de um lado para o outro. Chorava baixinho. Nenhum moleque se atrevia a tentar levantá-lo. Ficávamos todos paralisados, assustados. Logo em seguida ele ficava de pé, secava as lágrimas do rosto, se limpava e voltava a brincar como se nada tivesse acontecido.
Nunca falamos sobre isso. Não tive coragem de perguntar e ele parecia não se lembrar desses momentos.
Era um ótimo cartomante, e também grande mentiroso. Não sabia dar más notícias; minha mãe e suas amigas adoravam consultá-lo. Talvez nem o levassem a sério, mas certamente gostavam de ouvir que seus maridos chegavam tarde por causa do trabalho ou que estavam realmente no bar com os amigos, mesmo sabendo que isso não era verdade.
A gente se encontrava de vez em quando. Na verdade, eu sabia mais dele através dos nossos amigos em comum.
Nossos encontros foram escasseando e finalmente, em dezembro, ele partiu.
Não houve adeus, não houve até logo.
Foi embora e nunca mais voltou.
Acho muito estranho o fato de ter ficado mais de 20 anos sem pensar nele.
Espero que ele esteja bem.
quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
Aos 14
Sinto os raios de sol, mesmo nos dias chuvosos;
Você me prende sem fazer força, me sinto livre e feliz
A emoção dos 14 anos,
E a certeza de que tudo está no seu devido lugar.
Hoje é difícil dizer quem tem a idéia primeiro;
Os mesmos planos, as mesmas metas.
Um tempo atrás eu era o mendigo, o infeliz
Mas um ladrão me colocou no caminho certo.
Hoje não há silêncio,
Nem dor, nem dó, muito menos solidão;
Há 14 anos os fantasmas se foram.
e certamente nunca mais retornarão.
Os amigos passaram, alguns ficaram
Outros tantos ainda surgirão,
Mas no jogo apenas duas peças ficarão
lado a lado no tabuleiro.
Se alguém tivesse vivido metade da história
Saberia, como eu sei
Que realmente não custa nada tentar.
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Cante com Bjork & Charles Bronson
Essa canção eu conheci em 1985 e sua letra descreve com exatidão minha maneira de enxergar o mundo e o segredo de uma boa relação com as pessoas que amamos. Tem um forte apelo político e nos alerta claramente - e isso há mais de 20 anos! - dos riscos aos destruirmos nossas florestas. Publico a letra, embora sem muita necessidade, mas assim vocês podem cantá-la e decorá-la mais facilmente com essa dupla sensacional da música e da TV.
wakareta hito ni atta
wakareta shibuya de atta
wakaretatokito onaji ame no yoru datta
kasamosasazuni harajuku
omoidekattate akasaka
koibitodoushinikaette gurasu katamuketa
yappari wasurerarenai
kawaranu yasashii kotobade
watashio tutunndeshimau dameyo yowaikara
wakaretemo sukinahito
wakaretemo sukinahito
arukitainoyo takanawa
akariga yureteru tawa-omoigakenai hitoyo no
koino itazura ne
choppiri sabishii nogizaka
itumono hitotugi doori
kokode sayonara suruwa
ameno yorudakara
yappari wasurerarenai
kawaranu yasashii kotobade
watashiwo tutunnde shimau dameyo yowaikara
wakaretemo sukinahito
wakaretemo sukinahito
wakaretemo sukinahito
sábado, 13 de dezembro de 2008
Ipod companheiro
Aproveitei que estou de férias este mês - e inclusive por isso tenho escrito pouco -, para transferir meu título de eleitor. Quando chego no cartório e me dirijo à fila, uma mulher se aproxima e puxa conversa; balanço a cabeça duas vezes e uso a tática do jogador de futebol: pego meu Ipod e coloco o fone no ouvido.
Não faço isso por maldade, é automático, um mecanismo de defesa. Apesar de ser leonino - pra quem acredita nessas coisas - e gostar de ser o centro das atenções, dispenso esse tipo de contato.
Meia hora depois vou ao mercado, e não demora muito para mais uma senhora se aproximar. Primeiro, como quem não quer nada, pergunta o preço da lata de atum; educadamente respondo já pressentindo o que está por vir. Dito e feito: na mesma hora começa a reclamar do calor, justifica a preferência por aquele mercado e por aquela marca; inclusive sugere que eu troque o suco que estou levando, pois o que ela toma é muito melhor e 'mais natural', além de ser mais barato. Agradeço a sugestão e me afasto, não sem antes olhar para o Ipod, como se ele fosse o culpado, e o coloco num volume ainda maior.
Saio de lá e vou até ao banco. E adivinhe: Sim! Mais uma senhora se aproxima para falar sobre o tempo ou sobre taxas ou sobre preços ou sobre qualquer outra coisa. Dessa vez não dou a menor chance a ela: começo a cantar em voz baixa a música que estou ouvindo, olhando para o outro lado. Ela percebe, deixa transparecer sua decepção mas em segundos se esquece de mim e se vira para um coitado que estava bem atrás dela e que não tinha nem sequer um mp3 player para salvá-lo.
Paguei minhas contas e antes de partir olhei para os dois que sorriam e falavam quase que ao mesmo tempo, tão envolvidos na conversa que a mulher nem percebeu que era a próxima a ser atendida.
A partir desse momento até quando cheguei na minha casa, vi várias pessoas que aparentemente não se conheciam conversando nos faróis, nas lojas e no meio da rua e isso foi suficiente para eu ter a certeza de que o problema era eu, se é que isso é um problema.
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
C'est la vie
Eu fiquei na porta do quarto e fiquei lá até ele pegar no sono.
Encostado no batente da porta eu fiquei muito tempo depois que ele adormeceu. Então, comecei a chorar baixinho, para que ninguém me ouvisse. Havia me dado conta de que mais uma fase de nossas vidas havia se passado e que não voltaria nunca mais.
Minha filha chupava o dedo até pouco antes de completar 6 anos. Por causa de um machucado no céu da boca, ela parou e nunca mais voltou a colocá-lo na boca.
Apesar de saber que tivemos sorte por isso ter acontecido, a mesma sensação me invadiu e me entristeceu também. Outra fase havia passado.
Todas as manhãs ela acorda por volta de 6 horas e vai para o meu quarto se deitar comigo. Eu acordo e fico curtindo esses momentos que um dia também ficarão para trás.
Sabemos que essas coisas vão acontecer, e mesmo assim, quando acontecem, não é fácil ficar indiferente. Pelo menos não para mim.
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Será?
Sou tudo o que não quero ser;
E tudo o que eu sou é sem querer.
Afinal, se nem sei se sou ou estou,
Como poderia saber o que devo ser?
Na verdade, apenas sei o que não sou:
Não sou o que me dizem ser, não sou o que pensam que sou;
Não sou inteiro, não sou metade.
Sou um pedaço de 'sei lá o quê'.
Sou apenas eu, imperfeito,
Perfeitamente incompleto
Apenas sou.
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Contagem Regressiva
Adoro a época do Natal: os enfeites, as luzes, os presentes, a alegria e expectativa das crianças; O Papai Noel, os shoppings e ruas cheias de gente carregando sacolas; As casas e os prédios com suas mega decorações.
Ao mesmo tempo, me dou conta de que mais um ano chegou ao fim. Isso significa que é hora de analisar tudo o que vivi nesse período. É um ano a menos de vida, ou um ano a mais de vida - depende do ponto de vista -, terei mais coisas para lembrar, mais histórias para contar, novos objetivos para buscar e a certeza de que os sonhos estão mais próximos de se realizar.
O Natal tem chegado cada vez mais rápido, e isso não é bom, porque ele também acaba passando muito rápido. Portanto eu tento aproveitar ao máximo os dias que o antecedem: Á árvore já está montada na sala, o boneco do Papai Noel já está há dias tomando chuva, pendurado na tela da minha sacada; As crianças já escreveram suas cartinhas para o bom e endinheirado velhinho de saco grande e vermelho; já andamos nos shoppings perto de casa para ver a decoração e o movimento das pessoas.
Já nesta madrugada comecei minha avaliação sobre 2008, e minha conclusão é a de que foi um ano sensacional, melhor do que 2007 - que já havia sido um ano maravilhoso -, cheio de momentos bons e ruins que me ensinaram e me tornaram uma pessoa um pouco melhor.
Espero que esse ano que chega seja tão intenso quanto esse ano que passa. Desejo conquistar muitas coisas, rir muitas vezes, chorar outras tantas, cair e levantar quantas vezes for preciso; Acertar e errar, aprender com os erros, mas não cometer os mesmos erros; Quero poder curtir a família e os amigos; Viver a vida intensamente e aproveitar cada segundo de mais um ano meteórico.
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
História de uma nota

Havia saído há pouco de um caixa automático Bradesco da Av. Voluntários da Pátria, em Santana. Um homem a pegou e nem chegou a colocá-la na carteira. Foi direto para o bolso de sua calça; 10 minutos depois já estava dentro da gaveta de uma caixa registradora, numa lanchonete da Rua Leite de Moraes.
Mas era uma nota bonita demais, com cara de nova demais pra ficar ali, do lado das notas velhas e amassadas de dez Reais. Havia até notas de um Real e 2 Reais dividindo espaço com ela. Não merecia isso, não devia estar ali, não era justo. Ainda bem que o menino que a recebeu pensou o mesmo e deu um jeito de 'guardá-la' em outro lugar. Colocou-a, disfarçadamente, dentro da camisa do uniforme. Não era uma camisa muito limpa. Cheirava a gordura e suor. Por sorte não ficou lá por muito tempo.
Na verdade ficou apenas 15 minutos entre o tecido e a barriga do menino. Ficou aliviada ao sair de lá.
Não sabia realmente onde estava, parecia um banheiro, porém antes de ver melhor o ambiente, foi colocada dentro de uma carteira velha, azul clara, horrorosa, provavelmente comprada num camelô qualquer.
Pelo menos estava sozinha, e não acompanhada de nenhuma outra nota velha e desagradável.
Quando saiu de lá, instantes depois, se viu atravessando a rua e entrando numa casa de jogos, cheia de vídeo games e fliperamas. De relance avistou a fachada da lanchonete em que estava até poucos minutos atrás.
Como se fosse um lenço velho e sujo, foi jogado para dentro do bolso de uma blusa de moletom, onde de vez em quando o menino colocava a mão, como se fosse apenas para se certificar que ela continuava ali.
A nota acompanhava o vai e vem do menino pelo lugar e observava tudo. As pessoas, o barulho confuso vindo de máquinas onde haviam lutadores, naves espaciais, monstros, carros e motos correndo de alguém ou atrás de algo. Gostava do que via, mas sentiu medo de ser deixada lá.
De repente, teve aquele pressentimento de estar sendo observada. Olhou pra cima e viu um garoto encarando-a de uma forma tão intensa que chegou a pensar que o conhecia de algum lugar.
Antes de ter certeza se conhecia ou não o rapaz, foi agarrada com força por ele, que saiu correndo, abandonando o lugar, esbarrava nas pessoas que estavam no caminho; atravessou uma grande avenida, sem parar, sem olhar para os lados. Segurou a nota com força, sua mão começando a ficar suada.
O garoto parou de correr depois de um tempo, olhava constantemente pra trás e pela primeira vez abriu a mão e certificou-se do que havia nela.
Caminhou alguns minutos até chegar numa rua estreita, cheia de casas feitas de madeira e crianças correndo.
Entrou numa das casas e gritou, chamando por alguém; disse que queria mostrar algo que havia encontrado no chão.
A nota então foi libertada daquela porção de dedos e então, viu à sua frente um outro rapaz, maior que o dono da mão suada. Ele se aproximou e disse que precisava dela para pagar uma dívida no bar. A mão voltou a se fechar, mais forte dessa vez. A nota sentiu que estavam tentando tirá-la de lá.
Uma briga então começou, a nota caiu e passou a acompanhar toda a batalha de perto, a única testemunha. Socos e chutes foram desferidos sem parar. Um dos rapazes viu a nota e tentou pegá-la. O outro fez o mesmo.
Cada um segurou uma ponta da nota, que sentia a força vindo de cada lado. Começou a temer por sua existência.
Num gesto rápido, sem se dar conta do que aconteceu, sentiu algúem puxar com força e se viu dividido ao meio.
Num acesso de fúria, um dos rapazes pegou a metade que estava em sua mão e a rasgou em pedacinhos. Correu até o banheiro, jogou-os na privada e deu a descarga.
A outra metade foi jogada no chão, e ficou lá, abandonada. Viu os dois se afastando e, antes de perder a consciência, viu na beira da mesa uma nota de um Real, encarando-a e rindo da sua desgraça.
Hipocrisia, eu quero uma pra viver!
Os empregados falam bem dos chefes, apenas na frente deles, elogiam todas as coisas, até mesmo as que não concordam. Porém, apenas um minuto entre eles é o suficiente para que a verdade apareça e comecem a falar tudo o que realmente pensam.
Isso não é muito bonito, mas é a lei da sobrevivência. Puxar o saco faz bem pra manutenção do emprego. Claro que não se deve exagerar, pois se um dia seu chefe cair, você cairá junto com ele. Pendurado nos pêlos.
Mas eu realmente acho pior e não entendo quando acontece o contrário: quando o chefe, que poderia e deveria dizer o que pensa, visando resultados melhores, qualidade e profissionalismo, evita o confronto direto com seus subordinados; Tenho visto e ouvido alguns casos de omissão também por parte de quem manda. Dessa forma fica difícil para quem trabalha saber quando está acertando e no que deveria melhorar.
Numa época onde existem 3 pessoas do lado de fora querendo a sua vaga pela metade do seu salário, não saber se está bem entre a chefia tira o sono de qualquer um.
O casamento é um outro exemplo de hipocrisia, das meias-verdades. Acredito que nossa parceira deve ser nossa maior amiga e confidente. Mas a verdade é que muitas vezes elas não têm a menor idéia do que acontece no nosso dia-a-dia. E vice-versa.
Eu não acredito e não entendo a traição, acredito em auto-traição, acredito na falta de verdade numa relação. A pessoa tem que estar com quem está na hora que quiser. Liberdade é estar do lado de alguém porque quer e não por obrigação. Da mesma forma que tem o direito de querer ficar sozinho quando acha necessário.
O diálogo é necessário para a troca de experiências, para aprendermos uns com os outros. Na pior das hipóteses, o silêncio pode ser uma alternativa melhor, muito melhor que o que estamos preferindo hoje: a mentira, a omissão, a covardia e a falsidade.
domingo, 23 de novembro de 2008
Álbuns Nacionais
2 - Dois - Legião Urbana - 1986
3 - Cabeça Dinossauro - Titãs - 1986
4 - As Quatro Estações - Legião Urbana - 1989
5 - Vivendo e Não Aprendendo - Ira - 1986
6 - Nós Vamos Invadir Sua Praia - Ultraje A Rigor - 1985
7 - Revoluções Por Minuto - R.P.M. - 1985
8 - Capital Inicial - Capital Inicial - 1986
9 - Selvagem? - Os Paralamas Do Sucesso - 1986
10 - O Passo Do Lui - Os Paralamas Do Sucesso - 1984
11 - Seu Espião - Kid Abelha - 1984
12 - Barão Vermelho - Barão Vermelho - 1982
13 - A Revolta Dos Dândis - Engenheiros Do Hawaii - 1987
14 - Da Lama Ao Caos - Chico Science & Nação Zumbi - 1996
15 - Siderado - Skank - 1998
16 - Ventura - Los Hermanos - 2003
17 - Transpiração Contínua Prolongada - Charlie Brown Jr. - 1997
18 - De Volta Ao Planeta Dos Macacos - Jota Quest - 1998
19 - Ideologia - Cazuza - 1988
20 - Dez De Dezembro - Cássia Eller - 2002
30 álbuns numa ilha deserta...

2- OK Computer - Radiohead
3- The Dark Side Of The Moon - Pink Floyd
4- Apettite For Destruction - Guns N' Roses
5- Slave To The Grind - Skid Row
6- Nevermind - Nirvana
7- King For A Day, Fool For A Lifetime - Faith No More
8- Abbey Road - Beatles
9- Titanomaquia - Titãs
10- The Southern Harmony And Musical Companion - The Black Crowes
11- Director's Cut - Fantômas
12- Automatic For The People - R.E.M.
13- California - Mr. Bungle
14- Vitalogy - Pearl Jam
15- Pet Sounds - The Beach Boys
16- The Division Bell - Pink Floyd
17- Achtung Baby - U2
18- Unplugged MTV - Alice In Chains
18- Angel Dust - Faith No More
19- Led Zeppelin IV - Led Zeppelin
20- Out Of Time - R.E.M.
21- Use Your Ilusion I - Guns N' Roses
22- Use Your Ilusion II - Guns N' Roses
23- The Wall - Pink Floyd
24- The Beatles (White Album) - The Beatles
25- Dummy - Portishead
26- Accelerate - R.E.M.
27- The Joshua Tree - U2
28- Imitação da Vida - Maria Bethânia
29- Erotica - Madonna
30- Buena Vista Social Club
Agradecimentos II
Vou tentar seguir uma ordem pessoal, que não é a de importância, talvez próxima da cronológica:
Mommy, dona Aurora, q me ensinou a correr rápido para fugir das chineladas desde cedo, que me ensinou a limpar o carpete da sala sem deixar hematomas nos joelhos; Daddy, Wilson Gomes Sênior, o cara q fez de mim esse monte de qualidades e defeitos, que me venceu pelo cansaço dizendo que eu era inteligente e diferente; Seu Dezidério, meu avô, velhinho gente boa que tocava vários instrumentos maravilhosamente bem; Tio Zé, que me flagrou fumando e me fez fumar um maço inteiro e vomitar por toda uma tarde pra ver o quanto era bom o tabaco; Seu Hilário, o velhinho tarado do prédio que se preocupava com os conhecimentos sexuais da criançada; Dona Cely, a professora do Sesi; Dona Walderez, professora da terceira série, cujo filho ganhava a vida nos EUA imitando o Elvis. Eu a achava a segunda mãe mais sortuda do mundo, atrás apenas da mãe do próprio Rei; Tatiana Aparecida Martins Ferraro, a menina da classe, que em 83 que se abaixou na carteira pra fingir pegar um lápis e deixou beijá-la no rosto, meu primeiro beijo inocente; Professor Edmundo, de artes musicais, compositor, que deu uma letra de música quando eu tinha 11 anos e que eu a musiquei na sala de aula, em 10 minutos. "Lamento muito, por que fui te abandonar?", mais uma pessoa que me ensinou a amar a música; Tata (Daniel Lemos Bellini), Márcio e Anderson Botassim, os gêmeos, os famosos 4 Baixinhos da 5ª F; A irmã do Kelson, Sandra, que me deu o primeiro beijo não-inocente, que disse que eu tinha um dom; Gracilene, Coca e Dido, Érica, Anderson - amigos de infância do Edu Chaves; Rita, amiga da mamãe que também me ensinou uma coisinha ou outra, principalmente dia 11 de julho de 90; Tem uma garota que eu não me lembro o nome que eu conheci no Sesc Interlagos e que me mostrou a beleza de trepar ao ar livre; Lara Kazama, namorada que me confundiu a cabeça e que me mostrou o quanto é bom chorar por um amor que chegou ao fim; Bira, o Iraildo Pereira Barbosa, meu amigo e chefe no Mc Donald´s, meu primeiro emprego. Ele me protegeu quando entrei no Derville e não tive que pagar os micos de calouro; Coquinho, Anderson Clayton Cassimiro, dizia que não era negão, e sim "Marrom Piscina", um grande amigo; Carlão, Marquinho, Serginho, Silvania, todos do Mc Santana, além do Paulão, ótima pessoa, ótimo vocalista, tá muito pop ultimamente. Muitas vezes passamos as tardes cantando e conversando sobre música; Wandão - o Terror!, hoje uma das pessoas mais doces e extraordinárias que eu conheço, uma pessoa que me fez passar por várias situações, me ensinou como falar e agir e confiar no tempo - e sobre o tempo, meu aliado, eu escreverei num post numa outra hora; Edilene, a primeira vez; Todo o pessoal do JOTABÊ, os primeiros a me tirar da minha primeira grande fossa; Renatinha Vasconcellos, minha irmãzinha do coração; Flavinha e o pessoal do Shopping Ibirapuera (Aê Loukura!!!); Jureminha, minha irmã caçula; Régis, o cara que me apaixonei na hora em que o vi, um irmão, retardado e que nunca retorna ligações e torpedos, mas um cara que já dividiu muitas coisas comigo; Fê Carvalho, padrinho do Vinicius, pai do Johnny e marido da Lu. Muito inteligente e um ótimo caráter; Debarima; Bete Gonçalves - a famosa velha louca -, Adriano, Silvia, Solange, TX - todos da Cultura, da turma que inventava no meio da noite de viajar pra praia ou pro sítio do tio do Régis, um frio da porra, um filho de 18 dias enrolado em cobertas; Cláudia - a noiva do ano! (adoro mulher casada... Falta pouco.) - Reginaldo, a travesti louca, que vê beleza rústica em quase todo mundo; Adriano Sorrentino, por me mostrar que eu precisava da personalidade de outras pessoas para formar a minha; Marcio Taú, Doug, Cheyla, Celso Alves, Andrei Jiro, Álvie, Glorinha (Gustavo), Adê, e todo o pessoal da Arte SP; Marco Mora, um dos últimos grandes gênios da televisão; Taunay, o chefe que todo mundo deveria ter; Rapha Rezende, Idival, Tiago Leifert, uma das pessoas que mais admiro hoje; Milly 'Maria Emília' Lacombe, um doce de menina que desejou uma vez que eu continuasse escrevendo; Miltão, Jota Júnior, Norival - o dono da ACEESP - e ainda todo o pessoal do esporte, com uma ou duas exceções que não merecem ser citadas aqui; Érica Simcsik, a mommy retardada que continua sua busca por algo que nem ela sabe o que é; Kiko Dias, o meu Chicão, padrinho da Fê e meu amigo, amigaço; Nilzete, por ter me dado a minha outra metade, minha Alexandra, a mulher da minha vida, que nunca saberá o quanto é especial pra mim, que me deu os dois presentes mais valiosos do mundo: o Vinicius, conhecido também como Ximpa Jones, que me mostrou o que significa realmente amar alguém e a Fernanda, minha neguinha! Como é possível amar alguém dessa maneira?
Juntando tudo isso, um cabelo cortado diferente, um monte de brincos nas orelhas e uma porção de palavrões ditos em cada frase, temos EU! Não é muito, mas é o melhor que posso ser HOJE.
Let's Talk About Music

sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Agradecimentos e uma primeira história....
Demorei um pouco até achar um endereço disponível para este blog, e graças aos meus ídolos Leão Lobo, Adriane Galisteu e Kiko Martins Dias, achei o nome certo que traduz exatamente o que pretendo fazer aqui.
Jota Júnior também ajudou indiretamente na escolha do título, pois consegue, de uma forma bem expontânea e livre de qualquer preconceito, colocar todas as pessoas, por mais diferentes que elas sejam, num mesmo recipiente social.
Gostaria de fazer o mesmo nesse 'recipiente virtual' (?).
Hoje meu amigo Alê Oliveira criou o seu blog (http://blablabladoale.blogspot.com/), portanto, sou obrigado a confessar que ele também leva culpa pela criação do meu.
Seu primeiro texto é sobre os amigos, sobre cruzar amigos. Bem legal.
Tive o prazer de conhecer dois dos amigos que ele citou: Marco - o Marco Aurélio - que também é meu amigo e que tenho o prazer de vê-lo e ouvir suas histórias com frequência - histórias sensacionais, por sinal.
Conheci-o em Santa Catarina, em 2004, numa das viagens a trabalho pelo Sportv. O Tito, comentarista do Canal Campeão, muito gente boa e ótimo cantor, eu o conheci justamente por causa da música.
Eles têm, ou tinham, uma banda: a PMG, com Alê na viola, Tito nos vocais, Marco na bateria e ainda o Jota Júnior Júnior, clone de Mike Patton assumindo o baixo naquela ocasião.
Ano passado eles tocaram no casamento do Bruno Laurence, repórter da TV Globo com a Andreia, jogadora de vôlei.
Ensaiaram até tarde no dia do casamento e precisaram de um lugar para tomar banho e trocar de roupas. Como eu morava bem perto de onde eles estavam, o Marco me ligou e perguntou se quatro homens poderiam ir até lá, pois ele era um dos padrinhos e não podia se atrasar.
Uma hora depois, os quatro partiram rumo ao show, show que deixou as meninas do vôlei pulando a noite inteira e que mais ou menos na metade da apresentação, recebi um agradecimento pela ajuda e ainda por cima ganhei uma camiseta da banda, que guardo com carinho na gaveta de roupas que só uso em ocasiões especiais...
WE'VE ONLY JUST BEGUN
Para todos, para mim ou até mesmo pra ninguém.
Palavras, idéias, comentários, pensamentos e viagens.
Como disse o piloto uma vez: "SejEm bem-vindos."