sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

ESCONDERIJO

Não adianta, atrasado, alienado.
Quanto sono, estou cansado.
É preciso fazer o que melhor faço.

Ainda é cedo, está na hora. É agora!
Apago as luzes, encaro os fatos,
Deixo o bom senso de lado e te abraço.

Uma, duas, três,
Talvez mais, talvez seis.

Enquanto aguardo o efeito desejado,
Penso no presente, relembro o passado,
E, num instante, no breu desabo, sinto meu corpo relaxado.

Uma, duas, três,
Talvez mais, talvez seis.

Acorda, Roger Smith! Abra os olhos, desperte, aguente!
Um dia igual, normal... somente,
Queria aproveitar mais o pouco que restou,
Pra não esquecer o que faço de melhor.

O tempo passa, ao meu redor tudo se repete,
O cansaço, os pesadelos... a coragem que se esvai.
Abro a porta, fecho os olhos,
A vontade me domina, me vence, me convence,
Que está na hora de partir novamente.

E lá vamos nós para uma nova viagem,
Volto pro meu lugar, meu refúgio, meu esconderijo,
Onde o destino se perde no caminho,
Onde me perco, onde me acho... sozinho.

Quando, mais tarde, novamente desperto,
Em meio a loucura e a semi lucidez do momento,
Vivo entre querer que esse ciclo termine,
E torcendo pra que meu sol ilumine.

Uma, duas, três,
Talvez mais, talvez seis.