segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Hipocrisia, eu quero uma pra viver!

Está cada dia mais difícil a prática da sinceridade sem sermos chamados de invejosos, ou maus amigos, ou babacas, ou metidos, ou uma porção de outras ofensas, inclusive de mentirosos.
Os empregados falam bem dos chefes, apenas na frente deles, elogiam todas as coisas, até mesmo as que não concordam. Porém, apenas um minuto entre eles é o suficiente para que a verdade apareça e comecem a falar tudo o que realmente pensam.
Isso não é muito bonito, mas é a lei da sobrevivência. Puxar o saco faz bem pra manutenção do emprego. Claro que não se deve exagerar, pois se um dia seu chefe cair, você cairá junto com ele. Pendurado nos pêlos.
Mas eu realmente acho pior e não entendo quando acontece o contrário: quando o chefe, que poderia e deveria dizer o que pensa, visando resultados melhores, qualidade e profissionalismo, evita o confronto direto com seus subordinados; Tenho visto e ouvido alguns casos de omissão também por parte de quem manda. Dessa forma fica difícil para quem trabalha saber quando está acertando e no que deveria melhorar.
Numa época onde existem 3 pessoas do lado de fora querendo a sua vaga pela metade do seu salário, não saber se está bem entre a chefia tira o sono de qualquer um.

O casamento é um outro exemplo de hipocrisia, das meias-verdades. Acredito que nossa parceira deve ser nossa maior amiga e confidente. Mas a verdade é que muitas vezes elas não têm a menor idéia do que acontece no nosso dia-a-dia. E vice-versa.
Eu não acredito e não entendo a traição, acredito em auto-traição, acredito na falta de verdade numa relação. A pessoa tem que estar com quem está na hora que quiser. Liberdade é estar do lado de alguém porque quer e não por obrigação. Da mesma forma que tem o direito de querer ficar sozinho quando acha necessário.

O diálogo é necessário para a troca de experiências, para aprendermos uns com os outros. Na pior das hipóteses, o silêncio pode ser uma alternativa melhor, muito melhor que o que estamos preferindo hoje: a mentira, a omissão, a covardia e a falsidade.

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