sexta-feira, 1 de novembro de 2013

KNOCKOUT

Deu 2 passos para trás como uma tentativa de dominar a luta. Já se preparava para o passo à frente quando vieram os golpes: 3 de uma vez... sem tempo para recuperar o fôlego.
Desnorteado, em menos de um segundo soube que seu plano não havia dado certo, sua estratégia falhou.
Sentindo o chão cada vez mais próximo, sabia que qualquer tentativa de reação seria em vão.
Sua cabeça girava, tentando entender o que havia acontecido. Gritou coisas que pensava e outras sem sentido, até finalmente chegar a queda. Um baque seco. Fim da luta.
Conseguiu, com muito esforço, olhar nos olhos do seu algoz. Frios, desinteressados, indiferentes...
Resultado final: Vários pontos, 18 gramas, e repouso imediato.
Não há previsão ou intenção de uma revanche, não há planos futuros no momento.
Resta a compreensão de que o tempo passou e deixou marca em tantas outras batalhas perdidas.
E mais uma vez ficou o vazio e as dores espalhadas em seu corpo.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

MEU PRIMEIRO HERÓI


Hoje é aniversário do meu pai. 60 anos. 6 décadas.
Dessas 6 décadas, eu tenho acompanhado, às vezes perto, às vezes longe, algumas vezes através das histórias dos amigos em comum, há quase 4. Praticamente 4 se contarmos o período em que passei na barriga da minha mãe.
Fui o primeiro filho dele, o que herdou seu nome e muitas outras coisas.
Nesses nossos 40 anos de convivência, vi, vivi e aprendi tanto que não sei dizer com certeza o quanto há de mim em mim e o quanto há dele em mim. Falo sobre caráter, erros, medos, modos, etc.
Não sou muito bom de memória, mas me lembro de momentos aparentemente simples que ele transformou em marcantes na minha vida até hoje e certamente para sempre.
Não sou muito bom de memória, mas jamais esquecerei tantas situações que fizeram eu me transformar no que sou hoje. Algumas boas, outras que eu não concordava e algumas que eu ainda não concordo.

Brincamos quando eu era uma criança, mas até hoje acho que não brincamos o suficiente pra saciar a minha vontade de sorrir e me divertir ao seu lado;
Discutimos também, e, mais uma vez, acho que não discutimos o suficiente para que todas as questões fossem resolvidas;

Crescemos juntos ao mesmo tempo, com 20 anos de diferença entre nós. Fato que muitas vezes ignorávamos completamente.

Hoje é o aniversário dele, mas sou eu quem comemora.
Foi ele o meu primeiro herói, o Wil que minha mãe e eu íamos esperá-lo voltar do trabalho todos os dias no ponto de ônibus.
Foi com ele que eu aprendi o valor de um ‘obrigado’, um ‘por favor’, um sorriso;
Foi dele o primeiro aviso de que a vida lá fora cobrava por cada ato impensado. E como nós dois, e tantos outros, fomos cobrados.
Foi ele quem, talvez sem perceber, me fez pensar por mim mesmo, questionar, brigar, aceitar o inevitável e lutar pelo que eu queria, mesmo quando não era o que ele queria pra mim.
Foi ele também quem me mostrou que meu primeiro herói era humano. Errava, se perdia, perdia a coragem sem perder a essência.

Num determinado momento de nossas vidas, momento que não sei dizer exatamente quando começou, deixamos de ser pai e filho e viramos amigos, confidentes.

Lembro de tantos sacrifícios que ele teve de fazer pra que minha vida fosse melhor do que foi a dele quando era jovem.
Lembro das várias vezes que rimos juntos, choramos juntos, dos conselhos que trocávamos, das histórias impublicáveis.

Com o tempo, nasceu uma cumplicidade tamanha onde nós sempre sabíamos a quem procurar na hora de pedir conselhos, falar sobre um problema, criar um assunto para não pensar num dia triste, muitas vezes falar sobre o nada ou simplesmente desejar um bom dia ao outro. Confesso que, até hoje é ele quem faz isso me ligando praticamente todos os dias.

O tempo, esse ingrato aliado, faz eu desejar mais 6 décadas de vida intensa ao meu primeiro herói, me faz desejar estar ao seu lado todo o tempo que for possível. Porque o tempo, o ingrato aliado, também me faz sentir saudades de quando eu nada sabia e ele, às vezes, nem sempre da forma ‘certa’,  cumpria a sua tarefa de fazer de mim quem eu sou hoje.

Nunca terei palavras suficientes pra descrever meu orgulho, meu amor, meus sinceros agradecimentos por tê-lo por perto até hoje pra me ensinar tudo o que eu aprendi e que continuo aprendendo até hoje.

Feliz aniversário, meu Herói.

sábado, 8 de junho de 2013

To Delete To Forget

TO DELETE TO FORGET

Close your eyes and look inside
For the things you just can´t get
The emptiness of a whole life
To delete and to forget

Say goodbye to yesterday
And all the sorrows that you created
All the scenes are black and red
To delete and to forget

The dark shadows come and go
The painful times have just begun
For all the things you don’t regret
To delete and to forget

signs of sorrow, signs of pain
All the time, again and again
Tired of sorrow, tired of pain
Praying to have a final end

For all the things that you can’t get

To delete and to forget

terça-feira, 28 de maio de 2013

Todas as vezes

Todas as vezes que tentei, fracassei;
Tudo o que consegui, foi sem querer
Sem perceber, sem saber.

Tudo o que eu tive, eu perdi
Ou guardei em algum lugar e me esqueci
Sinto falta, e nem sei do quê.

Às vezes é difícil começar;
Às vezes é impossível continuar;
Às vezes é melhor esperar
Às vezes não dá para esperar
Às vezes não se pode parar
Mesmo quando não se sai do lugar.

Parei pra pensar no passado
Mas o passado passou e dele não me lembro quase nada
Então tentei ver o futuro
E só vi um impenetrável escuro.

Então me foquei no presente
Abri bem os olhos pra ver o que tinha à minha frente
Senti coisas que não se explicam

Senti coisas que ninguém sente.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Um novo Ano

E não é q os Maias estavam certos? o mundo (o meu mundo) acabou em 2012. Exatamente 2 dias depois que eu saí da clínica e fiquei mais lúcido. Agora é hora de eu começar a criar um novo momento, que eu vou chamar de 2013, ou ano foda, ano duka, ou qq coisa assim. Vou com calma, fazendo uma coisinha de cada vez, aceitando as mudanças, as surpresas, a ansiedade, saudades, a distância e os reencontros, além de tudo o que o tempo deixou em mim antes do fim do mundo de 2012. Pretendo me entender pra ser capaz de entender vocês e respeitar os momentos, os medos, as crises. Ficar atento ao redor pra fazer desse ano o melhor ano para as pessoas próximas, sem entrar no mundo delas, apenas mostrando como o meu mundo pode ser beeeeem legal. E isso pra mim é o q importa...