segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Mais um primeiro passo

Estou partindo hoje para uma nova experiência, uma nova forma de entender o que acontece comigo.
Vou me isolar por uns dias pra tentar organizar tudo o que a vida me deu, e foi tanto que, não fui capaz de sozinho saber guardar cada coisa no seu devido lugar, dispensar o que não valia a pena, entender o significado de tudo de uma forma geral.
Ansioso por dar a mesma atenção a tudo, agradar a todos, abri algumas vezes mão de mim mesmo, guardei o passado, pensei demais no futuro, e acabei me esquecendo do presente e de mim.
Colocava todos os dias, muitas vezes sem perceber, mais peso sobre os meus ombros, dentro da minha mente e do meu coração.
Esse excesso fez finalmente eu perder o equilíbrio. Um desequilíbrio sem queda, porém deixando tudo ainda mais confuso. O que fez eu, finalmente, repensar minha forma de querer resolver essa situação.

Vou, de uma forma diferente, buscar esse equilíbrio.
Especialmente hoje, com um mundo todo nos ombros, o medo, as dúvidas, a insegurança, a ansiedade me deixam um pouco mais triste e com tudo parecendo pesar o dobro.

Logo estarei de volta, espero voltar bem melhor com todos que convivem e gostam de mim, mas, acima de tudo, melhor para comigo mesmo.
Aprender a dar o valor certo a cada momento do meu dia; aprender a me amar, e a me importar com o que realmente importa.

Eu acredito que a vida é uma viagem. Uma viagem sem volta, sem conexões, sem recompensas.
Quero aproveitar essa viagem ao máximo, da melhor maneira possível, com o máximo de histórias pra contar, sem preocupações com o destino final.
Os próximos dias são apenas mais um caminho nessa jornada.
Até breve.


sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Ao amor na minha vida


Reconheço que menti, omiti, não fui o cara perfeito.
Não cumpri tudo o que prometi, achei que daria um jeito,
Ou que teria tempo pra me redimir;
Nessa relação confusa, intensa, presente e ausente,
Crescente, indecente. Simples, simplesmente.

O tempo que desgasta, hoje nos afasta, faz de nós o que não somos.
Reconheço que falhei. Mas só poderia ser com você;

Reconheço que menti. Que pra não magoar, omiti.
Tentei mostrar o meu jeito, as dúvidas, as dores, o aperto que sentia no peito,
Tudo o que havia dentro de mim.
Sabia que seria difícil, mas não tive sucesso, não consegui,
Era como atravessar um muro de concreto,
Mas, de concreto, só a certeza de que não fiz do jeito certo.

Hoje procuro um pretexto, coragem, sentido,
Procuro os motivos, as razões e as conclusões,
Junto com isso vêm meus medos, saudades, recordações.
Mas, dentro do contexto, depois de tudo o que foi dito e feito,
A distância parece ser a solução, pra causar um novo efeito.
Talvez uma prova de respeito, por tudo que recebi e não soube retribuir.

Talvez seja a hora do recomeço, repartir o ‘irrepartível’.
Dividir o indivisível. separar os sentimentos tão confusos no momento, 
pensar num novo início, no meio de tudo isso.
No difícil compromisso de prometer que é o caminho certo.
Na única certeza de que as lágrimas um dia secarão em você, e em mim.

Eu te amo, minha amiga, será pra sempre o amor da minha vida.
Agradeço por tantas coisas, que precisaria de outra vida,
Só pra descrever todo o bem que você me fez.

Minha mente, tão perdida, fez eu perder você de mim.
Talvez seja um ‘até logo’, talvez seja ‘eu volto já’
Espero um dia saber te encarar, te ver sorrir,
Mas, mais do que isso, não quero mais, te fazer sofrer, te faz chorar.

Poderemos, em breve, nos encontrar, e se quiser, conversar,
Que o tempo nos deixe melhor do que estamos hoje,
Sem mal entendidos, sem dúvidas, sem medos.

Lembrarmos das águas que rolaram no caminho
Dos dias que sorrimos, choramos, conquistamos, dividimos.

Espero que tenha aprendido metade do que aprendi contigo,
Espero te fazer feliz à distância, já que por perto hoje não sou mais capaz
Quero te ver bem, inteira, em paz.

Juro que tentei, de muitas maneiras e várias vezes, ser o seu único e melhor amigo.
Quem sabe, com o tempo, pelo menos isso eu não consigo?

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Lifexotan

Não tem importância, não faz diferença.
Cubra o infinito imperfeito e ilusório;
Use o bom senso: Perca o equilíbrio e caia pra dentro.

Hoje só pode haver um. Todos dizem isso ao mesmo tempo.
Gente, quanta gente neste quarto escuro da mente.
O silêncio ao redor causa um barulho insuportável dentro de mim.
Quero explodir, quero apagar, quero dormir, quero acordar.

Na hora onde tudo se cala, no rosa da bala, há calma.
Acalma as ideias, relaxa os músculos.

Não há limites, vou até onde eu alcançar.
Quero explodir, quero apagar, quero dormir, quero acordar.
Quero fugir, quero calar, quero partir, quero voltar.

Não se fala com quem não te ouve.
Não se escuta quem não tem razão.

Queria ter um caráter, mesmo que não fosse um dos bons.
Queria ter a coragem de quem se esconde sem saber.
Queria desenhar a escuridão da minha mente.
e explicar a intensidade do meu nada.

Não há sentimentos, não há emoções,
Não há crença nos sentidos, nem quando faz sentido, ou se nada faz sentido.

A solidão ilude, traz uma falsa segurança.

Vou ser sincero, eu espero:
Hoje o dia é perfeito pra falsidade em abundância. 

O amanhã me deixa feliz só de lembrar que logo será ontem.
O futuro me deixa confiante com a certeza de que logo será passado.
Tudo vem à mente, claramente, sem ordem, linear.

Tudo junto, tudo longe, tudo certo dentro de todas as incertezas.
Doces palavras vindas de dentro de uma mente cheia de gente num canto escuro.
Um buraco cheio de tudo. Cheio de todos. Cheio de nada... além de você.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

A verdade?

A verdade é que nem tudo é verdade.
Clichê. Óbvio. Fato.
O clichê óbvio é um fato. Isso não é óbvio?
Saber as respostas nem sempre é suficiente;
Saber o que fazer não te faz fazer o que é preciso. Frases à la Humberto.
Não tente entrar na minha cabeça. É o último lugar que eu desejo que alguém vá.
Pra ser sincero, meu sonho é um dia conseguir sair dela.

Viu como estou cada dia mais longe? Não estou na sua frente, não fiquei pra trás. Mas me afasto sempre um pouco mais.

Finalmente consegui começar a escrever. Fazia tempo.
Penso nisso (também) todos os dias.
Penso em você(s) todos os dias. As palavras, pessoas, situações, medos... e por aí vai, sempre, sem parar.

Eu não busco a verdade, nem a minha, nem a de ninguém.
Não saberia dizer hoje o que eu quero, ou se ainda penso em querer algo.

Simplesmente espero, mas não espero por nada, não espero por ninguém.
O foco está fora. Ou são várias lentes, cada uma num lugar, num espaço, num tempo diferente.
Não há ordem lógica, mas tudo se encaixa.
Ou quase. Adoro minhas bobagens; adoro minhas edições mentais.
Eu sei tudo o que está escrito aqui. Sei o peso, a dor e o exagero em todas as frases.
Talvez um dia traduza tudo isso com todos os nomes reais.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Autobiografia

Começo hoje a escrever minha biografia.
Já pensei num título: "I, WILL: UM BABACA FILHO DA PUTA, MAU CARÁTER E METIDO À BESTA".
A maioria das histórias será contada apenas a partir do meu ponto de vista, já que muitos que conviveram comigo não querem nenhum tipo de contato..
Muita coisa já foi contada em conversas de bar, mas garanto que ainda existe muito material inédito para o grande público (oi?).
Ao final da leitura - isso se alguém chegar a comprar um exemplar - certamente saberão as razões que me fizeram ser assim. Alguns pobres infelizes poderão até pensar em me perdoar, ou simplesmente compreenderão minha falta de personalidade, minhas fraquezas e a eterna mania de querer chamar a atenção.

A infância pobre, os problemas familiares, os casos amorosos, o contato com as drogas, a prisão...

Pretendo fazer como Anthony Kiedis em sua biografia: contar tudo como foi, citando os nomes reais dos envolvidos. Isso justifica ainda mais o título do livro.

domingo, 1 de abril de 2012

Hoje

Hoje eu acordei com uma tristeza que há muito tempo não sentia.
Não há motivo aparente, não tem explicação... eu acho.
Hoje, a vontade é de me isolar do mundo, das pessoas, de tudo; me trancar dentro de mim e ficar apenas com as vozes na minha cabeça; as vozes que nunca se calam, que nunca me deixam.
São esses os dias em que eu me dou conta do quanto não tenho controle sobre nada. Do quanto sou refém das situações que eu mesmo criei.
Esses também são os dias que eu mais sinto vontade de escrever. Mesmo sem saber o que dizer e nem pra quem dizer, se é que exista um alguém que entenda tudo isso.
Eu sei que esse dia em breve vai acabar e a tristeza voltará pra dentro de mim. E então serei capaz de usar as máscaras que uso há tantos anos, fazendo com que, num dia ‘normal’, até eu fique na dúvida se a máscara que eu uso na verdade não é essa de hoje.